sexta-feira, 26 de setembro de 2014


“A César, o que é de César!”

Não estou apoiando o/a candidato/a X ou o/a candidato/a Y, mas sim propondo uma reflexão.
A educação é sempre bandeira tremulada em época de eleição.
Tenho observado inúmeras postagens nas redes sociais e na mídia em geral estabelecendo comparações das mais diversas, mas com o foco sempre na qualidade.
As avaliações em larga escala aplicadas pelo MEC – principalmente o seu resultado, se tornou “carne de vaca” nas manchetes.
Ressalto que ao tomarmos essas avaliações devemos nos lembrar que a média divulgada é composta por 3 variáveis: proficiência em língua portuguesa e matemática, taxa de repetência e de evasão.
Dessa forma, não consigo conceber a ideia de que a culpa pela queda na média do IDEB ou o mérito pelo seu aumento, esteja relacionada a este ou aquele político.
Em primeiro lugar quem faz a avaliação são pessoas. Neste caso, alunos/as suscetíveis a problemas pessoais, familiares, sociais, de aprendizagem...
Será que todas as vezes que realizamos uma avaliação estávamos 100%?
Será que este ou aquele político foi quem realizou a prova para todos/as os/as alunos/as, para atribuirmos o resultado à eles/as?
Em segundo lugar ao atribuirmos a “culpa” pela queda da média ou “mérito” pelo seu aumento, tiramos o foco de quem está todos os dias na labuta pela educação – equipe de apoio, equipe pedagógica, direção, professores/as e alunos/as.
Nós professores, que todos os dias pensamos, vivemos e almejamos uma educação de qualidade, temos uma parte – e diria que considerável, neste resultado.
Não existe bônus, sem ônus!
Sabemos dos inúmeros problemas que enfrentamos todos os dias em sala de aula, mas precisamos refletir o nosso trabalho continuamente.
O PRÓ-LETRAMENTO, PROFA, UM SALTO PARA O FUTURO, PDE, PROINFO, PNAIC, dentre outros tantos já destinados aos/as professores/as e as FORMAÇÕES CONTINUADAS das mais diversas oferecidas pelos órgãos responsáveis pela educação, tem por objetivo fomentar, subsidiar e capacitar nossa ação docente.
Infelizmente não podemos considerar o verbo "CONSCIENTIZAR" para estabelecermos objetivos para formação continuada, uma vez que essa ação é algo que somente cada um de nós pode realizar.
Eu não conscientizo ninguém!
EU ME CONSCIENTIZO!!!
Quantas vezes realizamos um curso, ou vemos colegas realizando cursos simplesmente por fazer, para ter carga horária, para elevação, para receber uma bolsa, para ficar afastados da sala de aula, da escola...
Será que estamos colocando em prática as aprendizagens construídas no decorrer de nossa formação enquanto profissionais da educação?
Qual o meu papel? Qual minha função? Qual minha parcela, contribuição nesta média divulgada pelo INEP?
Qual o papel? Qual a função? Qual a parcela, contribuição dos políticos nas médias divulgadas pelo INEP?
Cada governo prioriza esta ou aquela política pública!
Infelizmente!
Devemos olhar o município, o estado, o país como um todo!
Devemos cobrar um olhar para o todo!
Não utilizemos somente deste subterfúgio – POLÍTICOS – para rechaçarmos a qualidade da educação, pois somos vários os envolvidos neste fantástico processo.
Refletimos!!!