“A César, o que é de
César!”
Não estou apoiando o/a
candidato/a X ou o/a candidato/a Y, mas sim propondo uma reflexão.
A educação é sempre
bandeira tremulada em época de eleição.
Tenho observado inúmeras
postagens nas redes sociais e na mídia em geral estabelecendo
comparações das mais diversas, mas com o foco sempre na qualidade.
As avaliações em larga
escala aplicadas pelo MEC – principalmente o seu resultado, se
tornou “carne de vaca” nas manchetes.
Ressalto que ao tomarmos
essas avaliações devemos nos lembrar que a média divulgada é
composta por 3 variáveis: proficiência em língua portuguesa e
matemática, taxa de repetência e de evasão.
Dessa forma, não
consigo conceber a ideia de que a culpa pela queda na média do IDEB
ou o mérito pelo seu aumento, esteja relacionada a este ou aquele
político.
Em primeiro lugar quem
faz a avaliação são pessoas. Neste caso, alunos/as suscetíveis a
problemas pessoais, familiares, sociais, de aprendizagem...
Será que todas as vezes
que realizamos uma avaliação estávamos 100%?
Será que este ou aquele
político foi quem realizou a prova para todos/as os/as alunos/as,
para atribuirmos o resultado à eles/as?
Em segundo lugar ao
atribuirmos a “culpa” pela queda da média ou “mérito” pelo
seu aumento, tiramos o foco de quem está todos os dias na labuta
pela educação – equipe de apoio, equipe pedagógica, direção,
professores/as e alunos/as.
Nós professores, que
todos os dias pensamos, vivemos e almejamos uma educação de
qualidade, temos uma parte – e diria que considerável, neste
resultado.
Não existe bônus, sem
ônus!
Sabemos dos inúmeros
problemas que enfrentamos todos os dias em sala de aula, mas
precisamos refletir o nosso trabalho continuamente.
O PRÓ-LETRAMENTO,
PROFA, UM SALTO PARA O FUTURO, PDE, PROINFO, PNAIC, dentre outros
tantos já destinados aos/as professores/as e as FORMAÇÕES
CONTINUADAS das mais diversas oferecidas pelos órgãos responsáveis
pela educação, tem por objetivo fomentar, subsidiar e capacitar
nossa ação docente.
Infelizmente não
podemos considerar o verbo "CONSCIENTIZAR" para
estabelecermos objetivos para formação continuada, uma vez que essa
ação é algo que somente cada um de nós pode realizar.
Eu não conscientizo
ninguém!
EU ME CONSCIENTIZO!!!
Quantas vezes realizamos
um curso, ou vemos colegas realizando cursos simplesmente por fazer,
para ter carga horária, para elevação, para receber uma bolsa,
para ficar afastados da sala de aula, da escola...
Será que estamos
colocando em prática as aprendizagens construídas no decorrer de
nossa formação enquanto profissionais da educação?
Qual o meu papel? Qual
minha função? Qual minha parcela, contribuição nesta média
divulgada pelo INEP?
Qual o papel? Qual a
função? Qual a parcela, contribuição dos políticos nas médias
divulgadas pelo INEP?
Cada governo prioriza
esta ou aquela política pública!
Infelizmente!
Devemos olhar o
município, o estado, o país como um todo!
Devemos cobrar um olhar
para o todo!
Não utilizemos somente
deste subterfúgio – POLÍTICOS – para rechaçarmos a qualidade
da educação, pois somos vários os envolvidos neste fantástico
processo.
Refletimos!!!